quinta-feira, 13 de março de 2014

Coréia do Sul: os "tigres" renovados!

Hoje é dia de falarmos de Coréia do Sul: uma das poucas seleções asiáticas que, em circunstâncias comuns, (quase) podem ser equiparadas às principais do futebol mundial.









A Coréia do Sul é um país asiático, localizado na Península da Coréia, e faz fronteira terrestre apenas com a Coréia do Norte - sua antiga agregada. É uma das civilizações mais antigas da humanidade, e foi, ao longo dos séculos - até conquistar sua autonomia - alvo de disputa entre Japão e China.
É um dos países mais bem desenvolvidos do mundo, sobretudo no que se refere à educação e à tecnologia. Inclusive, graças a seus avanços nesta área, é considerada pelo FMI o 4º. país mais rico da Ásia e o 13º.do planeta.

No futebol, a história dos coreanos não é tão antiga e nem tão rica. A Liga Nacional - conhecida como K-League - foi fundada em 1983, e mesmo sendo uma das mais antigas no continente asiático, é bastante jovem para os padrões internacionais.

Já a Seleção Sul Coreana de Futebol, como país independente, realizou sua primeira partida em 1948. Historicamente, as campanhas dos "Tigres" não chegam a impressionar: um bi-campeonato da Copa da Ásia nos remotos anos de 1956 e 1960; um título da Copa das Nações Afro-Asiáticas, quase 30 anos depois, 1988; e depois disso, o grande resultado dos sul-coreanos foi a campanha que os levou às semi-finais da Copa do Mundo de 2002, perdendo a derradeira partida para os temíveis alemães.
Até chegar a esta fase, os sul coreanos passaram por um grupo razoavelmente difícil na primeira fase, contra Estados Unidos, Portugal e Polônia.
Já na fase seguinte, um duelo terrível contra a Itália, em que os asiáticos classificaram-se graças ao Golden Goal, na prorrogação.
Depois de passar pela Azzurra, outro embate dificílimo, contra La Fúria Espanhola. Nova classificação, agora nos pênaltis. 
E pra quem pensava que não poderia ficar pior, um duelo nas Semi-Finais contra a Alemanha. Dessa vez, apesar de uma grande partida, e de jogar de igual para igual com os futuros vice-campeões, foram eliminados pelo placar mínimo: 1x0, gol de Michael Ballack.

Depois disso, não com o time principal, mas os Sul Coreanos conseguiram uma histórica medalha de bronze na última edição dos Jogos Olímpicos, em Londres, 2012.

Depois de ter nomes que marcaram a história do futebol sul coreano, como o zagueiro Hong Myung-Bo - que nunca chegou a atuar na Europa, mas foi eleito o terceiro melhor jogador da Copa do Mundo de 2002 - e o meia Park Ji-Sung, ex-Machester United, a nova geração já começa a se caracterizar por superar a ideia de correria em campo, que caracterizou o futebol deste país por um longo tempo.

Essa nova geração, além da precocidade, consegue aliar à já característica agilidade, qualidade técnica, bons dribladores, e muita precisão e qualidade de passes. Além disso, a crescente melhora do nível da K-League, junto com a J-League, campeonato do seu vizinho Japão, tem se tornado muito diminuta a necessidade dos jogadores coreanos  saírem destes dois campeonatos para desenvolverem todo seu potencial. 
Ainda assim, alguns optam por aceitar o desafio de atuar na Europa, onde tem conquistado algum destaque, sobretudo em times de menor expressão, sobretudo na Inglaterra e na Alemanha.

Heung Min-Son comemora
gol pelo Bayer Leverkusen.



É o caso da joia Heung Min-Son, atacante ex-Hamburgo e agora no Bayer Leverkusen, onde já é titular aos 21 anos, e um dos destaques da renovação pela qual passa o clube alemão.




Outros bons nomes da seleção coreana que merecem citação são Dong Won-Ji, atacante do Augsburg, da Alemanha; Bom Kyung Kim, meia canhoto do Cardiff City, da Inglaterra; e o volante Sung Yeng-Ki, também jogando na Premier League, pelo Sunderland.



Na Copa do Mundo no Brasil, os sul coreanos tem boas chances de classificação, pois caíram num grupo - um tanto equilibrado - mas relativamente fácil. Se as expectativas forem confirmadas, a Bélgica deve ficar com o primeiro lugar do Grupo H, e Coréia do Sul e Rússia disputam a segunda colocação, enquanto a Argélia, em teoria, não teria chances de classificação. 
Para as fases seguintes, os confrontos serão muito mais difíceis, com a possibilidade de encontros com seleções como Alemanha e Portugal. Mas a partir daí já é muita dedução e pouco de concreto.

É esperar para ver à que nível anda o grau de evolução do futebol sul-coreano.

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