quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Quem não tem Diego Costa, caça com Robinho.

Depois da lastimável perda do atacante hispano-brasileiro Diego Costa, do Atlético de Madrid - que optou por defender a seleção da Espanha - a Confederação Brasileira de Futebol, personificada no treinador de sua seleção, Luis Felipe Scolari, resolveu tentar convocar alguém que pudesse suprimir essa rejeição de Diego Costa. Alguém que tivesse alguma representatividade e um certo apelo junto ao torcedor.

E o escolhido foi... Robinho!

Exatamente!
O "craque" das pedaladas!

Tão carregadas de rancor foram as declarações de Luís Felipe Scolari e do presidente da CBF, José Maria Marin, que ficou óbvio e explícito para quem quisesse ver, que a convocação de Robinho foi um consolo ao torcedor brasileiro, um "remendo", um "tapa-buracos" da situação.

É evidente que Robinho é um jogador altamente qualificado, ágil, veloz, ótimo driblador, com passagens por clubes de alto nível, como Santos, Real Madrid, Manchester City e Milan, onde atua hoje. Já comprovou inúmeras vezes, na própria seleção, que tem sim condições de defender o Brasil.

O grande problema, no entanto, é o momento e a situação em que esta convocação foi feita: além de servir como segunda opção às escolhas de Felipão, Robinho estava há dois anos sem vestir a amarelinha, e atua na Itália, justo num momento de absoluto declínio do futebol deste país e, sobretudo, um momento muito instável e fraco tecnicamente do Milan.
Num campeonato que perdeu qualidade e reconhecimento nas últimas temporadas, que tem o nível de qualidade declinado na maioria das equipes, a equipe "rossonera" ocupa a mísera e indigesta décima colocação, atrás de times minúsculos, como a Atalanta, a Udinese e o Hellas Verona.
Mesmo na Champions League, o time vive também uma fase intranquila, principalmente com a derrota em casa para o Barcelona. Ainda assim, consegue ocupar a segunda colocação de um grupo que tem, além de Milan e Barcelona, o Ajax (da Holanda) e o Celtic (da Escócia).

E mesmo com essa fase nem tão "agradável" do Milan, Robinho não tem nem conseguido se firmar como titular. O técnico Maximiliano Allegri faz um revezamento no ataque, e Robinho acaba tendo que brigar por vaga com, principalmente, mais três italianos: Matri, Balotelli e El Shaarawy. Em onze jogos pela "Séria A" - a primeira divisão do Campeonato Italiano - o brasileiro marcou apenas dois gols.
Além disso, antes dessa lembrança de Felipão, Robinho passou longos meses esquecido pela maioria dos brasileiros, ora por má fase técnica, ora por lesões.

Então eu pergunto a você: por quê Robinho?

Sabe porquê? Mídia e média com o povo brasileiro.
Foi o modo que a CBF criou para tentar iludir os torcedores da seleção, e tentar apagar o vergonhoso fato da rejeição recém sofrida. Tampar o buraco aberto por este "não", que se não fechado, acabará revelando ainda mais a vexante realidade da gestão do futebol no Brasil, e as condições subumanas que a maioria dos jogadores tem para exercer sua profissão.

Robinho pode voltar a brilhar na seleção brasileira?
Sim!

E vai voltar, de fato, a brilhar? 
Dificilmente! Pelo menos não agora.

Espero que essa situação tão vexante sirva, ao menos, para que alguém se dê conta do descaso da CBF para com a maioria dos clubes e jogadores, e que o Brasil não precise passar por mais ocasiões deprimentes como essa , sendo preterido por um "nativo", pois suas instituições organizadoras não são capazes de realmente organizar o esporte nacional. 
Que não precisemos ficar passando por vergonhas como essa, e por perdas técnicas de milhares de "Diegos Costas", espalhados por todos os cantos deste país!

2 comentários:

  1. Que piada!!!
    Pra começar, Atalantae e Udinese não são minúsculos, têm mais expressão que o "teu" Grêmio,
    Depois, se tu tivesse visto os últimos jogos do Milan, veria que o Robinho tá jogando muita bola e não só ele, como o Kaká também merecem convocação,
    E sem falar que o Diego Costa é muito ruim, até o Barcos é melhor que ele, e olha que o Barcos e ruim. E se fosse pelo número de gols, ele poderia convocar o Lima do Benfica ou até o Bruno Rangel, da Chapecoense, que além de gols, é muito melhor que o Diego Costa.

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  2. Bom, "para começar" Atalanta e Udinese são sim times pequenos. Nunca foram campeões italianos da primeira divisão, nem europeus; frequentaram as divisões italianas com certa frequência. Diferentemente do "meu" Grêmio, que é bi-campeão continental, campeão intercontinental, bi-campeão brasileiro, etc.

    Como eu também disse, Robinho nem sempre tem sido titular, e suas atuações, embora tenham melhorado, não sem nem sombra do que um dia já foi o Robinho. Assim como Kaká, que tem tido sequência, mas que está longe das atuações que o elegeram o melhor do mundo algumas temporadas atrás.

    Quanto ao Diego Costa, discordo quando diz que ele é muito ruim. Certamente não é um grande craque. Assim como Barcos, que nem é craque e nem é melhor que Diego Costa. Mas este é um jogador que vive uma fase excepcional, marcando muitos gols (ofício primordial de um atacante), e atuando contra times como Real Madrid e Barcelona.

    Quanto à comparação com Lima e Bruno Rangel, é muito injusto: primeiro, a se considerar os adversários que cada um enfrenta; segundo, se levando em conta o nível de qualidade do Campeonato Espanhol, se comparado ao Campeonato Português, ou à Série B do Campeonato Brasileiro; terceiro, a média de gols de Diego Costa ainda é superior, já que marcou 12 gols e 12 jogos no Espanhol, enquanto Bruno Rangel marcou 27 gols em 29 partidas, contra apenas 2 gols de Lima pelo campeonato de Portugal em 8 partidas disputadas.

    Ainda assim, é preciso admitir que tanto Lima, quando Bruno Rangel vivem fases ótimas, e que mereceriam vaga na Seleção Brasileira, muito mais do que Robinho.

    Mas ambos não tem o apelo midiático e popular que tem Robinho e, assim como Diego Costa, não são valorizados.

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