quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Incompetências e deficiências explicitadas por Diego Costa

Uma constatação não exclusiva e não difícil de ser feita é de que o futebol brasileiro é um futebol de terceiro nível, sobretudo se levados em consideração a qualidade dos clubes e das entidades que os regulamentam.
São instituições inúteis, que defendem o interesse de uma minoria, seja em âmbito regional ou nacional em detrimento a clubes de menos expressão. Soma-se a isso a corrupção já naturalizada e interiorizada na sociedade brasileira, que se reflete no futebol: entidades burocráticas, milionárias e que não atendem minimamente às necessidades da estruturação do futebol.

Os clubes, bem como a CBF e as Federações estaduais são entidades de fato muito ricas, principalmente no Centro-Sul. Recebem receitas milionárias oriundas de patrimônio público, mídia e também dinheiro público. E os resultados disso, cadê?

O Campeonato Brasileiro é ridículo, com times decadentes, com mesclas irregulares de jovens buscando um lugar no sol, jogadores toscos que não conseguem sair daqui ou veteranos, consagrados, e que vem para cá encerrar suas carreiras.
Nem se comenta as divisões inferiores e os campeonatos em estados de menor expressão, que tem condições mais precárias e inadequadas à prática de esporte.

Mas... 
se Clubes/Federações realmente investissem todo dinheiro recebido, investido no desenvolvimento do "esporte nacional" - que muitas vezes vaza "por baixo dos panos", e que mediocriza nossos campeonatos, teríamos sim condições de um campeonato decente.

Com esse dinheiro, de fato, revertido em prol dos clubes, estruturas e campeonatos, certamente poderíamos realizar competições de nível da Premier League (Inglaterra), da Bundesliga (Alemanha), da liga BBVA (Espanha), da Ligue 1 (França), etc.

E, mesmo assim, nossa querida CBF, na pessoa do excelentíssimo presidente Sr. José Maria Marin, quer exigir judicialmente que um certo jogador defenda a seleção deste país, onde, para não morrer de fome jogando futebol, um atleta precisa abandonar casa, família,ou ainda, sem espaço, precisa  sair do país para ter ser trabalho reconhecido.

E ainda, o caríssimo treinador da Seleção do Brasil, Luís Felipe Scolari, grandíssissimo marionete da CBF, tenta jogar a torcida brasileira contra esse jogador, que apenas optou por atuar pela seleção de outro país, onde recebeu estrutura, apoio psicológico e financeiro e condições para exercer sua profissão.

Uma escolha sábia, que demonstra gratidão, e evidencia uma série de incompetências e deficiências da gestão do futebol no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário