sábado, 12 de outubro de 2013

Brasil vence... e convence?

Não! Definitivamente esse Brasil não me convence.

A Seleção Brasileira venceu o amistoso contra a Coréia do Sul por 2 x 0, mas nem de longe teve uma atuação satisfatória e convincente. Um time apático, sem opções ofensivas e com uma defesa vulnerável.

A Coréia do Sul não é dos melhores adversários, apesar da evolução em seu futebol, ainda é uma equipe de terceiro nível no cenário mundial. Uma seleção jovem, rápida, razoavelmente qualificada, mas que ainda apresenta um hiato muito grande entre a qualidade técnica da equipe em relação ao Brasil, por exemplo.
A deficiência técnica da equipe começa já por uma tradição da escola asiática: goleiros muito ruins. São goleiros que apresentam uma regularidade razoável, mas que sofrem gols quase que inadmissíveis. Bolas facilmente defensáveis que eles, por mal posicionamento ou deficiência técnica mesmo, acabando não conseguindo realizar a defesa.
Algumas peças, contudo, são tecnicamente muito boas pela seleção coreana, como o jovem atacante Heung-Min, de 21 anos, que atua pelo Bayer Leverkusen da Alemanha, que entrou no final, mas que demonstrou muita qualidade. Também o meia Ja-Cheol, muito habilidoso, do também alemão Wolfsburg, cérebro da equipe e por quem passam todas as jogadas. Mas depois da saída do grande ídolo Ji-Sung Park da seleção, a Coréia do Sul ainda carece de um grande líder dentro da equipe.

Ainda assim o Brasil passou por alguns momentos de aperto, ofensivamente criou muito pouco. Pode até parecer perseguição, mas Neymar não é jogador de seleção. Dribla, dribla, dribla... e não produz nada. Ou perde a bola, ou se joga, ou ainda erra o passe. E recebe o prêmio de melhor da partida? Risível! Achou um gol de falta, com uma ajuda fenomenal do goleiro coreano... e só!

Mas o Brasil todo, de forma geral, teve uma atuação mediana. Hulk ainda não mostrou o porque de estar na seleção: simplesmente não rende. Talvez até pela "obrigação" de jogar pelo Neymar e não pela seleção. Jô não apareceu no jogo. Não é nem de longe o 9 que a seleção precisa. Oscar fez um bonito gol, mas na função que lhe cabe de criar jogadas, ainda está abaixo até mesmo das atuações que vem tendo pelo Chelsea. Paulinho... o "herói" Paulinho, apagado, marcando razoavelmente, mas apoiando muito pouco, apesar da liberdade que Felipão tem lhe dado. Luis Gustavo manteve a regularidade, ficou preso por jogar para o Paulinho, e não para a seleção. A defesa manteve certa regularidade. Marcelo destaca-se na lateral esquerda. Daniel Alves: não compromete, nem ajuda. David Luiz foi o grande nome do jogo do Brasil: firme, sério e muito aplicado na marcação e com boa saída de bola. Dante também não comprometeu e manteve a coerência ao lado do capitão David Luiz. Jéfferson contou com a péssima pontaria dos coreanos, mas foi bem quando foi exigido.

A obrigação era vencer, e o Brasil venceu.
A obrigação, com a sequência, era o Brasil jogar bem, criar chances. E não o fez.

Falta ao Brasil ser a seleção pentacampeã mundial. Se agrandar diante de qualquer adversário e jogar sempre para massacrar. Se não for possível, jogar bem já seria suficiente... mas tá difícil.
 Agora é esperar pelo duelo contra a "grandíssima e perigosa" Zâmbia. E agora a obrigação é golear - e jogar bem - se possível. Será que a meta vai ser cumprida?

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