quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Quem não tem Diego Costa, caça com Robinho.
Incompetências e deficiências explicitadas por Diego Costa
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Os melhores do mundo em 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
A saudade de Sir Alex Ferguson
O Manchester United é sem dúvidas o time mais tradicional do futebol inglês, e um dos maiores do mundo. Em sua história de 135 anos, são 2 títulos mundias, 3 vezes campeão europeu, 20 vezes campeão inglês, 11 títulos da Copa da Inglaterra, além de muitos outros.
Por Trafford, região metropolitana de Manchester, onde é sediado o clube, passaram jogadores lendários, como Bobby Charlton, Gerge Best, Eric Cantona, David Beckham, Gary Neville, Paul Scholes, Ryan Giggs - que ainda hoje atua pelo clube, sendo o recordista absoluto com mais de 1000 jogos pelos "Red Devils", além de craques da atualidade, como Cristiano Ronaldo, Carlos Tévez e Wayne Rooney.
Boa parte destes grandes ídolos do futebol mundial, bem como a maioria dos grandes títulos da equipe, aconteceram entre 1986 e 2013: o período em que o clube foi treinado pelos escocês Sir Alex Ferguson.
Período áureo em que o United foi elevado ao status de potência, e um dos maiores e mais ricos clubes do futebol mundial.
São 27 longos anos! Período que só é superado pelo francês Guy Roux no comando do Auxerre - equipe de mesma nacionalidade.
A termos de comparação, o recorde brasileiro é de 12 anos, quando Lula - Luís Alonso Peres - treinou o Santos na era Pelé.
Mas o tempo, além de impressionar, só comprova a qualidade do trabalho realizado por Ferguson, não bastassem todos os títulos e a soberania no cenário britânico, conquistados nesse período.
E, além de tudo isso, outro fator que comprova ainda mais o indissociável vínculo criado entre United-Ferguson, é a situação da equipe pós saída do escocês, em maio deste ano de 2013.
Evidente que a equipe não perdeu sua magnitude, mas fato é que as vitórias se tornaram mais escassas e mais árduas. Contra os grandes da Premier League, foi um empate contra o Chelsea, e derrotas para Liverpool e Arsenal, além do vergonhoso 4x1 sofrido para o maior rival, Manchester City. E ainda, resultados negativos para times inexpressivos, como a derrota em casa para o West Bromwich e o empate, também em casa contra o Southampton.
É evidente que um novo trabalho, recém iniciado por David Moyes, deverá levar algum tempo para gerar frutos, mas uma equipe do tamanho do Manchester United, um elenco com nomes como Rooney, Giggs, Van Persie, Chicharito, Ferdinand, Nani, etc, não pode se dar ao luxo de ocupar apenas a oitava colocação no Campeonato Inglês, em dez rodadas já a oito pontos do líder Arsenal.
Todos aqueles que admiram o bom futebol e a grandeza do Manchester United esperam por uma imediata reação dos Red Devils.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
E a Copa do Brasil chega às semifinais!
Do outro lado a equipe do Atlético do Paraná, que também tem feito um grande papel, sobretudo jogando em casa, mesmo ainda não podendo jogar na pulsante Arena da Baixada. Vem da Série B, e apesar do começo instável de temporada, se apresenta agora como uma equipe coesa e muito forte. Um ataque muito eficiente, com Éderson, Marcelo e Paulo Baier, apesar da classificação ter sido alcançada depois de um 0 x 0 em casa e um 1 x 1 no Rio Grande do Sul, contra o Internacional, fazendo valer o regulamento e o gol marcado fora de casa.
O Goiás surpreende , não só porque se pudesse duvidar da qualidade técnica da equipe, mas porque vem de um ano na Série B, o time vinha desacreditado por boa parte dos futebolistas, e não se esperava muito do Esmeraldino. Mas, sobretudo, Wálter - o gordinho - tem sido o diferencial, dando assistências, marcando gols e atuando muitíssimo bem. Além disso, o fator casa é fundamental para a equipe, que costuma contar sempre com um bom resultado atuando no Serra Dourada. Foi o que aconteceu na fase anterior quando, mesmo perdendo no jogo do volta por 3 x 2, classificou-se também na base do regulamento com a vitória por 2 x 1 no jogo de ida contra o Vasco.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Craques e campeões na repescagem
Temos surpresas? Sim! A Bósnia, o Irã, Honduras. Seleções com pouca ou nenhuma tradição no futebol e que conseguiram vagas diretas, deixando para trás adversários por vezes muito mais fortes e tradicionais.
Temos favoritos? Sim! Os de sempre: Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha e Holanda. Correndo por fora, outros campeões mundiais como a Itália e a Inglaterra. E mais por fora ainda concorrem seleções de menor expressão, mas que vem com bons elencos e boas formações, como Colômbia, Bélgica e Rússia.
Mas muitas seleções de peso, com tradição no futebol e com nomes que as colocariam, se não entre os favoritos, ao menos entre aqueles que poderiam dar algum trabalho aos ditos favoritos.
É o caso do México, que com uma campanha desastrosa e decepcionante perdeu a vaga direta no mundial para países como Honduras e Costa Rica. Mesmo com Giovanni dos Santos e Chicharito Hernández, a campanha mexicana foi insuficiente, e agora terá que disputar na repescagem uma vaga contra a Nova Zelândia que, apesar da pouca expressão, é sempre uma seleção muito forte fisicamente e com uma defesa muito consistente.
Outros exemplos são Portugal e Suécia, dos craques Cristiano Ronaldo e Ibrahimovic - respectivamente - que agora estarão frente a frente na repescagem, ficando um destes grandes ídolos do futebol mundial já pelo caminho, antes mesmo de cruzar o Atlântico.
Os lusitanos fizeram uma campanha até boa, ficando em segundo no Grupo F das eliminatórias, apenas um ponto atrás da Rússia, e tendo perdido apenas um, dos dez jogos disputados.
Já os suecos tiveram que conviver com a "desgraça" de cair no grupo da toda poderosa Alemanha - considerada por muitos a melhor safra alemã de todos os tempos, e ficaram praticamente impossibilitado de disputar uma vaga direta para o mundial.
Para a tristeza dos brasileiros, ou CR7 ou Ibra ficará de fora!
Outra seleção tradicional, campeã mundial, e com grandes jogadores, e que ficou para a repescagem, foi a França, que também não deu sorte e acabou caindo no grupo da atual campeã mundial Espanha nas eliminatórias. Embalada por Ribéry, a França vem encontrando sua melhor montagem tática e técnica, e é grande favorita para o duelo contra a Ucrânia, que vem perdendo o pouco espaço que havia adquirido no cenário do futebol mundial.
O bi-campeão mundial Uruguai, como já vem sendo tradicional na sua trajetória recente, também acabou terminando em quinto lugar nas eliminatórias sul-americanas para o mundial de 2014, e tendo que disputar a repescagem contra a modesta e inexpressiva Jordânia.
Norteada por Forlán, Luisito Suárez e o melhor deles, Edison Cavani, a Celeste Olímpica deve garantir vaga no Brasil sem maiores dificuldades, ficando com a oitava vaga no pote dos "cabeças-de-chave" para o sorteio do dia 6 de Dezembro.
Como não poderia ser diferente, muitos bons jogadores já ficaram para trás e ainda vão ficar, mesmo antes do início da Copa do Mundo de 2014. Lewandowski, Bale, Petr Cech, são muitos os ídolos em seus clubes que não virão para o Brasil, para a tristeza deles, e nossa, que não poderemos ter, como nunca poderíamos ter, a presença de todos os grandes craques do futebol mundial.
sábado, 19 de outubro de 2013
A pequena favorita.
Mas dentre aquelas que, pelo ranking da FIFA, foram definidas como cabeças de chave para os grupos da Copa do Mundo, uma das que menos inspira grandeza é a seleção da Bélgica. Não por duvidar de sua qualidade técnica, mas pela pouca tradição dos belgas no futebol - sobretudo nas últimas décadas.
Contudo, a escrita tem sido mudada nos últimos anos. Uma nova geração, que mescla juventude e experiência, com muita qualidade técnica e que classificou com certa facilidade seu país para o mundial de 2014.
A grande geração belga começa por dois grandes goleiros: Curtois, do Atlético de Madri, responsável por algumas das mais espetaculares defesas dos últimos meses. E Mignolet, do Liverpool, que com grandes atuações vem ajudando a "reerguer" o time inglês.
Na defesa, os grandes destaques também vêm do campeonato inglês: os xerifes Vermaelen, do Arsenal e Kompany - grande ídolo recente do Manchester City, líder, melhor jogador do time e do campeonato em 2011-2012, quando os Citzens conquistaram o título inglês e capitão da seleção. Há ainda na defesa belga nomes como o experiente Van Buyten, hoje reserva, mas por muito tempo titular do poderoso Bayer de Munique; também cabe destacar Vertonghen do Tottenham, da Inglaterra, líder defensivo da equipe londrina.
No meio a equipe é igualmente qualificada e destacável. O cabeludo Fellaini, agora no Manchester United; o também cabeludo Witsel, do Zenit; os precoces e muito habilidosos meias Defour, do Porto e Dembélé do Tottenham; e o experiente Simons, com passagens em vários gigantes europeus, e agora no Nuremberg, da Alemanha.
No ataque, a equipe conta com várias promessas, como o desengonçado, mas oportunista Lukaku, do Chelsea, emprestado ao Everton. Outra jovem jóia belga é o atacante De Bruyne, também do Chelsea: rápido, agudo e habilidoso, já vem sendo sondado por outros grandes clubes europeus. Há ainda o também jovem Benteke, do Aston Villa, e o nem tão jovem Mertens, atualmente jogador do Nápoli, ambos como boas opções para o ataque belga.
Mas o grande craque da seleção é o meia-atacante Hazard. Depois de duas temporadas como o melhor jogador do campeonato francês pelo Lille, uma delas inclusive com o título, Hazard transferiu-se para o Chelsea, onde tem tido mais visibilidade para seu bom futebol, ágil e habilidoso, e com ótima capacidade de finalização.
Uma seleção tecnicamente muito boa, com jogadores atuando em todos os grandes centros do futebol europeu, ganhando experiência, e que o técnico Marc Wilmots tem conseguido encaixar de forma a deixar a equipe "na ponta dos cascos", ou seja, atuando muito bem, com muita objetividade, e muita força para encarar os grandes favoritos, apontados pela maioria.
Olho na Bélgica, pois, apesar do pequeno tamanho do país, ela vem para vencer e entrar na lista das grandes seleções mundiais!
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Pelo fim do marasmo!
Desde sempre, é notório que o sistema de pontos corridos - hoje adotado na grande maioria dos grandes centros futebolísticos do planeta - abdica totalmente da emoção e da vibração do sistema eliminatório, em prol de uma formulação que privilegia uma meia dúzia de times endinheirados (em geral, RJ e SP), que se revezam no ato de levantar o troféu!
Nada mais injusto do que uma fórmula em que, faltando dez rodadas, vê o líder com 94% de chances de ser campeão - segundo o matemático Oswald de Souza. O gênio Oswald de Souza. Nesse formato de competição, ele entende mais de futebol do que eu, do que você e do que o torcedor, que vê seu time jogando, que acredita no potencial de sua equipe, mas que desanima pelas condições impostas por essa formato burro que impede a maioria dos times de concorrer ao campeonato.
Mata-mata é 50% pra cada lado!
Ganha e avança quem souber jogar bem em casa e fora, fazer seu resultado, tiver garra, foco, vontade e gana de vencer.
E daí que alguns ficarão pelo caminho? E daí que as empresas de televisão não ganharão tanto dinheiro! E daí que os clubes eliminados ficarão três ou quatro meses sem compromissos, tendo que pagar os salários dos jogadores?
Dinheiro nenhum no mundo paga a emoção de um confronto eliminatório!
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Quem é Bósnia?
Para os íntimos, só Bósnia!
Mas quem é a Bósnia?
Uma civilização bastante antiga, datada do período Medieval, mas que só em 1992 conquistou sua definitiva independência - com o desmembramento da Iugoslávia. Um país muito pequeno, cravado em meio a um turbilhão de revoltas civis que acometeram toda a península Balcânica. A própria Bósnia passou por uma guerra civil violenta e sangrenta ao extremo, que ainda hoje marca a sociedade local.
Hoje a população passa por um momento relativamente tranquilo, com uma qualidade de vida bastante razoável, nos padrões do Leste europeu.
A seleção de futebol da Bósnia é também recente, como tal, uma vez que só existia - e havia participado de outras Copas do Mundo - como Iugoslávia.
Nas eliminatórias européias para as edições anteriores da Copa, o desempenho bósnio tem melhorando a cada edição. Em 2010, nas qualificações para a Copa do Mundo da África do Sul, a Bósnia ficou em segundo lugar na sua chave - ficando atrás apenas da então campeã Espanha - e à frente de seleções razoavelmente expressivas, como Turquia e Bélgica, disputando a repescagem contra Portugal, e sendo eliminado depois de um duplo 1 x 0 contra.
Nesta temporada, a seleção bósnia de futebol classificou-se à Copa no Brasil, no próximo ano, com uma campanha bastante satisfatória, superando seleções com mais história no futebol, como Grécia e Eslováquia - ambas presentes na Copa de 2010. Foram 8 vitórias, 1 empate e uma única derrota - justamente para os eslovacos.
O elenco bósnio é bastante variado, com jogadores jovens, ainda pouco conhecidos, mesclado com jogadores reconhecidos no cenário mundial, atuando por grandes clubes da Europa.
O principal deles - certamente - é o centroavante Dzeko. Vice-artilheiro das eliminatórias européias em 2010 e também nesta, para a Copa de 2014, foi o grande destaque do Wolfsburg no título alemão da temporada 2008/2009 - da qual foi também vice-artilheiro - ficando atrás apenas do brasileiro Grafite, seu companheiro de Wolfsburg.
O grande desempenho nesta temporada garantiu-lhe a transferência para o Manchester City, onde atua até hoje, e também conquistou um título inglês.
Outro destaque é o também atacante Ibisevic, que hoje atua pelo também alemão Sttutgart, e que vem também aparecendo com frequência no cenário dos artilheiros da eliminatórias para a Copa do Mundo.
Outros jogadores, com boa rodagem e experiência no futebol internacional são o meia Misimovic, ex-Bayer de Munique, Wolfsburg, Dinamo Moscou e Galatasaray, hoje no Guizhou Renhe, da China.
O zagueiro Spahic - capitão da seleção, e com passagens pelo futebol russo (Anzhi e Locomoti Moscou), francês (Montpellier), espanhol (Sevilla), e atualmente joga pelo Bayer Leverkusen - um dos maiores clubes da Alemanha.
E o jovem meia Pjanic, atualmente na Roma, da Itália, mas com grande passagem pelo Lyon, da França. Extremamente habilidoso, e com ótima finalização, merece o cuidado de qualquer adversário.
Portanto, fica claro que, embora pouco conhecida, a seleção da Bósnia tem alguns nomes de muita qualidade e que podem surpreender na Copa do Mundo. Evidentemente que as chances de título são as mais remotas, mas não deverá ser uma mera coadjuvante no Mundial de 2014.
E obviamente a seleção Bósnia é muito mais forte e qualificada do que a Zâmbia, por exemplo...
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Willcommen deustchen
Uma equipe jovem, mas experiente, com grandes nomes, e encaixada taticamente, de forma objetiva e jogando bem. Talvez deva ser, com Argentina e Espanha as grandes ameaças ao Hexa mundial do Brasil.
Um grande goleiro - talvez o melhor do mundo na atualidade - Manoel Neuer. Uma defesa séria, consistente e que falha muito pouco, em geral com Matt Hummels e Jerome Boateng, além do inexorável veterano Phillip Lahm. Mas é do meio pra frente que a Alemanha se destaca, sendo raríssimos os jogos em que não marca gols. As opções são muito variadas e se o técnico Joachim Löw tiver comando sobre todas essas peças, só quem tem a ganhar com isso é o futebol. Khedira, Gundogan, Schweinsteiger, Özil - em fase incrível no Arsenal - Marco Reus, Podolski, Mário Gomez, o também eterno Miroslaw Klose, Shürrle, Götze, Müller, Kroos... são muitos nomes que certamente levarão longe a sua seleção na Copa.
A Alemanha, além da admirável técnica tem muita tradição no futebol. Quase que invariavelmente chega nas quartas ou semi-finais. Em 2010 perdeu a vaga na semi para os espanhóis, apesar de ter jogado melhor. Mas a força do futebol alemão é algo inegável e irrevogável!
E o Brasil que se cuide, porque os alemães vem aí, e a final da Copa de 2002 ainda é algo que não se apaga suas memórias.
sábado, 12 de outubro de 2013
Brasil vence... e convence?
A Seleção Brasileira venceu o amistoso contra a Coréia do Sul por 2 x 0, mas nem de longe teve uma atuação satisfatória e convincente. Um time apático, sem opções ofensivas e com uma defesa vulnerável.
A Coréia do Sul não é dos melhores adversários, apesar da evolução em seu futebol, ainda é uma equipe de terceiro nível no cenário mundial. Uma seleção jovem, rápida, razoavelmente qualificada, mas que ainda apresenta um hiato muito grande entre a qualidade técnica da equipe em relação ao Brasil, por exemplo.
A deficiência técnica da equipe começa já por uma tradição da escola asiática: goleiros muito ruins. São goleiros que apresentam uma regularidade razoável, mas que sofrem gols quase que inadmissíveis. Bolas facilmente defensáveis que eles, por mal posicionamento ou deficiência técnica mesmo, acabando não conseguindo realizar a defesa.
Algumas peças, contudo, são tecnicamente muito boas pela seleção coreana, como o jovem atacante Heung-Min, de 21 anos, que atua pelo Bayer Leverkusen da Alemanha, que entrou no final, mas que demonstrou muita qualidade. Também o meia Ja-Cheol, muito habilidoso, do também alemão Wolfsburg, cérebro da equipe e por quem passam todas as jogadas. Mas depois da saída do grande ídolo Ji-Sung Park da seleção, a Coréia do Sul ainda carece de um grande líder dentro da equipe.
Ainda assim o Brasil passou por alguns momentos de aperto, ofensivamente criou muito pouco. Pode até parecer perseguição, mas Neymar não é jogador de seleção. Dribla, dribla, dribla... e não produz nada. Ou perde a bola, ou se joga, ou ainda erra o passe. E recebe o prêmio de melhor da partida? Risível! Achou um gol de falta, com uma ajuda fenomenal do goleiro coreano... e só!
Mas o Brasil todo, de forma geral, teve uma atuação mediana. Hulk ainda não mostrou o porque de estar na seleção: simplesmente não rende. Talvez até pela "obrigação" de jogar pelo Neymar e não pela seleção. Jô não apareceu no jogo. Não é nem de longe o 9 que a seleção precisa. Oscar fez um bonito gol, mas na função que lhe cabe de criar jogadas, ainda está abaixo até mesmo das atuações que vem tendo pelo Chelsea. Paulinho... o "herói" Paulinho, apagado, marcando razoavelmente, mas apoiando muito pouco, apesar da liberdade que Felipão tem lhe dado. Luis Gustavo manteve a regularidade, ficou preso por jogar para o Paulinho, e não para a seleção. A defesa manteve certa regularidade. Marcelo destaca-se na lateral esquerda. Daniel Alves: não compromete, nem ajuda. David Luiz foi o grande nome do jogo do Brasil: firme, sério e muito aplicado na marcação e com boa saída de bola. Dante também não comprometeu e manteve a coerência ao lado do capitão David Luiz. Jéfferson contou com a péssima pontaria dos coreanos, mas foi bem quando foi exigido.
A obrigação era vencer, e o Brasil venceu.
A obrigação, com a sequência, era o Brasil jogar bem, criar chances. E não o fez.
Falta ao Brasil ser a seleção pentacampeã mundial. Se agrandar diante de qualquer adversário e jogar sempre para massacrar. Se não for possível, jogar bem já seria suficiente... mas tá difícil.
Agora é esperar pelo duelo contra a "grandíssima e perigosa" Zâmbia. E agora a obrigação é golear - e jogar bem - se possível. Será que a meta vai ser cumprida?
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
O caso Diego Costa
Diego da Silva Costa nasceu em Lagarto-SE, em 1988. No futebol, seu primeiro clube foi o Barcelona, de São Paulo, mas logo chamou a atenção do Sporting Braga, de Portugal, para onde se transferiu com apenas 17 anos. Sem espaço no time, foi emprestado para o modesto Panafiel, também português, onde atuou pouco, mas com qualidade, sendo contratado pelo Atlético de Madri em 2007. Mais uma vez sem chances de atuar, foi emprestado, migrando por alguns times na Espanha e em Portugal. Passou uma temporada no espanhol Valladolid, antes de retornar ao clube madrilenho. Emprestado no começo de 2012, regressou ao time na metade daquele ano, quando - finalmente - começou a ser aproveitado pelo técnico Diego Simeone.
A partir de então vem sido peça fundamental no esquema tático dos colchoneros, e um dos principais destaques individuais, com muita garra e oportunismo, tendo uma excelente média de gols. Suas atuações tem sido tão destacadas, que a próprio torcida espanhola tem feito campanhas para que Diego - que já tem nacionalidade espanhola - atue pela seleção daquele país.
Desde então, um dilema se fez para quem acompanha tal situação, e provavelmente para o próprio atacante - principalmente porque nesta temporada de 2013, Diego Costa também foi lembrado pelo treinador da seleção brasileira Luis Felipe Scollari, e convocado para os amistosos contra Itália e Rússia, ainda que tenha sido pouco aproveitado: aguardar novas chances na seleção de seu país de nascimento, ou então aceitar os pedidos da torcida espanhola, e uma possível convocação do técnico Vicente Del Bosque?
Não que esta seja o primeiro caso de brasileiro que se naturaliza por outra nação, para ganhar chances na seleção então escolhida.
Na Espanha por exemplo, já tivemos o caso do volante Marcos Senna.
Em Portugal são muitos! Os mais recentes e mais conhecidos são o zagueiro Pepe, o meia Deco e o atacante Liédson.
Da Polônia vem o exemplo do zagueiro Roger Carvalho.
Na Croácia, temos o atacante Eduardo da Silva.
Até mesmo na seleção do Japão, contamos com o zagueiro brasileiro Túlio Tanaka.
Em outros países isso também é comum. Para ficarmos em um único exemplo, na Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha, o ataque titular da seleção anfitriã era formado por dois alemães, nascidos na Polônia: Lukas Podolski e Miroslaw Klose.
É evidente que também temos casos em que os jogadores são convidados a naturalizar-se por outro país, para defender uma nova seleção, e que ainda assim, sabendo das dificuldades muito maiores em conseguir um espaço na seleção brasileira, tendo em vista a abundância de mão-de-obra, geralmente muito qualificada optam por "manter-se" brasileiros.
Mas todos esses casos nos fazem refletir sobre: até que ponto vale a pena um indivíduo "abrir mão" de sua nacionalidade, vincular-se a outro país, em busca de um reconhecimento ainda maior em sua área de atuação? Em que medida essa situação pode ser aceita com naturalidade? E até que ponto, neste caso, o Brasil perde com essa "exportação definitiva" de jogadores de qualidade?
Creio que não devam ser colocados quaisquer tipo de impedimentos para essas transferências. Desde que o próprio jogador esteja ciente das consequências e dos resultados de sua escolha, a opção deve ser dele próprio, afinal, quem é que não sonha com um lugar ao Sol em sua profissão?
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Realmente é mérito do Cruzeiro?
A primeira questão a ser questionada é a qualidade técnica das equipes brasileiras nesta temporada.
Se analisarmos com um olhar um tanto criterioso, veremos que são pouquíssimos os clubes com alguma qualidade em seus elencos e em suas formatações táticas.
Cariocas e paulistas nunca tiveram uma temporada tão deplorável. Times fracos tecnicamente, sem muita alternativa para seus treinadores, que também tem suas limitações, e que acabam resultando, a se confirmar a incessante decadência do Botafogo, teremos uma representação brasileira na Libertadores - 2014 sem o grande centro financeiro do futebol nacional.
Nem todo o poder econômico destes clubes tem sido capaz de salvá-los.
Aliado a isso, os times de regiões "periféricas", também tem pouco a apresentar nesta temporada. A mediocridade de alguns elencos chega a assustar, tanto que jogadores que nunca tiveram espaço na primeira divisão do futebol nacional, não só vem tendo tal espaço, como tem tido destaque neste cenário.
Tendo tudo isso em vista, temos o Cruzeiro: um time com um elenco de razoável para bom, com um treinador que conseguiu organizar as peças em campo suficientemente bem, a ponte de o clube abrir tamanha vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro. Afinal, certamente não é de craques que vive a Raposa. No máximo Éverton Ribeiro, um dia, talvez, possa chegar a esse status. Mas é um time coeso, com peças de substituição à altura, para os casos de precisão. Enquanto o time titular tem Ricardo Goulart, Borges, William, É. Ribeiro, etc, podem muito bem ser trocados pelos reservas Dagoberto, Júlio Batista, Souza, ... Do meio para trás a equipe é ainda menos destacável, com méritos para o goleiro Fábio, apenas. Nem Dedé, Egídio, Bruno Rodrigo ou Ceará, nunca foram, nem nunca serão grandes jogadores.
Tanto o é, que o diferencial do Cruzeiro tem sido o ataque.
A defesa não é das menos vazadas da competição.
Então, cabe sim darmos o devido mérito ao Cruzeiro, que conseguiu ser o pior entre os melhores, conseguiu organizar-se bem, em meio a um bando de incompetentes.
Mas é inevitável que precisemos dar o demérito às demais equipes, que não só não conseguiram qualificar-se para disputar uma competição longa e complicada como o Brasileirão, mas também permitiram que a equipe de Belo Horizonte conseguisse abrir uma vantagem que hoje nos praticamente autoriza a proclamá-lo Campeão Brasileiro de 2013.
A redenção dos centroavantes
A posição de centroavante é muito traiçoeira, afinal, seu ofício principal é marcar os gols, mas sua atuação depende muito mais da atuação coletiva do time, que precisa proporcionar-lhe as oportunidades de gol. Seu papel é aproveitar essas oportunidades. E boa parte dos atacantes tem conseguido cumprir essa missão.
É o caso, por exemplo, do artilheiro da competição: Éderson, do Atlético-PR. Sua carreira inicio-se no Ceará, contudo, quando vinha conseguindo se firmar, acabou sofrendo uma grave lesão.
Nesta temporada, começou na reserva do Furacão, mas foi ganhando espaço à medida em que foi marcando gols. Em 25 rodadas já marcou 15 tentos, e vem sendo um dos destaques do campeonato.
Outro caso é o dos vice-artilheiros Gilberto e William, de Portuguesa e Ponte Preta, respectivamente. Ambos tiveram boas passagens em times de menor expressão - o Avaí, no caso de William, e Sport e Santa Cruz, no caso de Gilberto. Porém, ambos tiveram oportunidade nos dois grandes clubes do Rio Grande do Sul, e não conseguiram repetir as boas atuações, e nem manter-se na titularidade das equipes. Gilberto passou pelo Internacional na temporada passada, e William esteve no Grêmio há alguns anos.
O caso de centroavante que tem se consagrado, e que mais repercutiu recentemente, é o de Walter, atuando pelo Goiás. Verdade seja dita, não são seus gols a principal causa para tamanha repercussão, mas sim seu excesso de peso. Mas também é verdade que quando esteve no peso ideal, tanto no Internacional, quanto no Cruzeiro, e mesmo nas temporadas que passou no Porto, de Portugal, o artilheiro não conseguiu render o mesmo que vem rendendo atualmente.
Contudo, mesmo acima do peso, Walter tem sido decisivo em suas atuações pelo Esmeraldino, marcando gols, dando assistências e auxiliando sua equipe na boa campanha após o retorno à série A.
Há outros casos, como o de Fernandão, pelo Bahia, Rafael Marques do Botafogo, o contraditório Hernane no Flamengo, dentre muitos outros.
Mas... como não poderiam faltar exceções para confirmar a regra, alguns do atacantes de quem mais se esperaria são os que mais tem deixado a desejar, como são os casos de Barcos, no Grêmio, Luis Fabiano, no São Paulo e Marcelo Moreno, no Flamengo.
Fica então a expectativa pela intensa briga que teremos pela artilharia nessa temporada, um disputa acirrada, com muito mais candidatos do que vinhamos tendo nas recentes edições do Campeonato Brasileiro.